A fase de Gabriel Barbosa no Cruzeiro tem gerado intensos debates, tanto nas arquibancadas quanto nas mesas redondas esportivas. Contratado com status de estrela para a temporada de 2025, o atacante, que trocou o Flamengo pelo clube mineiro, tem vivido um início de trajetória marcado por questionamentos, atuações discretas e crescente perda de protagonismo.
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Na edição do programa Seleção SporTV desta terça-feira (22), o apresentador André Rizek deu voz à inquietação que tem dominado parte da imprensa e da torcida. “Não é muito cedo para o Gabigol, com 28 anos, já ser visto como um jogador que não entrega intensidade?”, indagou o jornalista.
Na sequência, o comentarista Roger Flores engrossou o coro de preocupação sobre a postura do atacante em campo. “Eu estava falando hoje no camarim… Eu não sei se a paixão do Gabriel com a bola está acabando. Pra você jogar futebol, você tem que ser apaixonado por bola, por jogar futebol”, afirmou.
Em seguida, completou com uma provocação reflexiva: “Eu não sei se essa paixão dele já se foi, ou se ele está mais apaixonado por outras coisas e o futebol está em segundo plano. 28 anos é auge físico. Ele está em clube gigantesco, apaixonante, em uma cidade gostosa de viver, com um torcedor que abraça… O que é que falta para esse cara?”.
Situação no elenco e escolhas de Jardim
Atualmente, Gabigol amarga três jogos consecutivos no banco de reservas, reflexo direto da preferência do técnico Leonardo Jardim por Kaio Jorge. Conforme destacou Rizek, o desempenho do Cruzeiro apresentou melhora com essa mudança.
“Apesar da derrota [para o Bragantino], é inegável que o Cruzeiro melhorou. Gabigol só não entrou contra o São Paulo. Ainda que ninguém possa culpá-lo individualmente, as participações dele em momentos de baixa da equipe não ajudam muito a recuperar a posição”, explicou o apresentador.
A análise ganha peso com o contexto do jogo mais recente, disputado no último domingo (20 de abril), contra o RB Bragantino. A partida terminou com derrota celeste por 1 a 0 e marcou mais uma atuação sem brilho de Gabigol, que entrou apenas no segundo tempo.
Durante o confronto, torcedores adversários gritaram: “Você não é mais jogador!”, escancarando o tamanho da frustração.
Contrato milionário e expectativas frustradas
O Cruzeiro firmou com Gabigol o maior contrato da sua história. A intenção era clara: resgatar a força ofensiva e recolocar o clube em destaque nacional. No entanto, embora o atacante tenha tido um início animador com gols e boas participações, sua relação com o novo comando técnico rapidamente se desgastou.
Jardim, adepto de um futebol pragmático e exigente do ponto de vista tático, não abre mão de entrega física e recomposição — atributos que, tradicionalmente, não fazem parte do repertório mais notável de Gabigol.
Conforme revelado nos bastidores, o atacante já demonstra sinais de impaciência e pouco engajamento nas atividades do dia a dia. Enquanto isso, Kaio Jorge, ainda que menos badalado, tem entregado exatamente o que o treinador exige, consolidando-se como titular.
Próximos passos
O Cruzeiro volta a campo nesta quinta-feira (24), às 21h30 (de Brasília), contra o Palestino, pela Copa Sul-Americana. Resta saber se Leonardo Jardim oferecerá uma nova oportunidade a Gabigol ou se o atacante continuará sua trajetória recente à margem da titularidade. De todo modo, a cobrança tende a crescer, e as dúvidas sobre o futuro do jogador seguem em alta — tanto no Mineirão quanto nas mesas redondas.