Na noite desta terça-feira (22), às 19 horas (de Brasília), o Flamengo entra em campo contra a LDU, no Estádio Casa Blanca, em Quito, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. O confronto, mais do que valioso pelos três pontos, carrega um peso simbólico para o clube carioca: o de apagar uma série de más lembranças acumuladas em jogos em altitude. Um ‘monstro’ que até mesmo joias do país, caso de Gonzalo Plata, reconhece a dificuldade.
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Atualmente com três pontos no Grupo C, o Flamengo ocupa a terceira colocação, atrás de LDU e Central Córdoba, ambos com quatro pontos. O Deportivo Táchira aparece na lanterna, ainda sem pontuar. A situação exige uma vitória rubro-negra para retornar à zona de classificação. Contudo, os desafios são diversos.
A equipe, que já teve um início instável na competição com uma inesperada derrota para o Central Córdoba em pleno Maracanã, agora precisa lidar com um histórico desfavorável quando atua em grandes altitudes. O clube só venceu uma vez em Quito na Libertadores — em 2021, por 3 a 2 contra a própria LDU.
Em contrapartida, somam-se quatro derrotas e um empate na capital equatoriana. Um dos episódios mais marcantes foi a goleada sofrida por 5 a 0 diante do Independiente Del Valle, em 2020. Mais recentemente, em 2023, o Flamengo também saiu derrotado em Quito para o Aucas, após queda de rendimento no segundo tempo.
Altitude ainda é obstáculo
A 2.800 metros acima do nível do mar, Quito apresenta condições adversas, reconhecidas inclusive por jogadores nascidos na cidade. Gonzalo Plata, atacante revelado pelas categorias de base do Del Valle e atualmente no Flamengo, surpreendeu a imprensa local ao reconhecer os efeitos da altitude.
“Vai ser um pouco diferente do que é com a seleção. Sabemos que o tema da altitude sempre nos custará um pouco, mas acho que a equipe agora está mentalizando que precisa conquistar os três pontos”, afirmou o jogador, ao desembarcar no Equador.
Suas declarações repercutiram entre torcedores equatorianos, alguns deles considerando a fala como um possível menosprezo à LDU, enquanto outros expressaram surpresa por um atleta local levantar esse tipo de questão.
Estratégia antecipada e preparação
A fim de minimizar os impactos da altitude, o Flamengo decidiu antecipar a viagem para Quito, chegando dois dias antes da partida e realizando um treino no Estádio Olímpico Atahualpa. De acordo com o médico Fernando Sassaki, a decisão foi tomada para garantir que os jogadores tivessem melhores condições de repouso e alimentação, ainda que o período de adaptação ideal — de cerca de duas semanas — seja inviável dentro do calendário brasileiro.
“O tempo de adaptação é cerca de duas semanas, o que é incompatível com o calendário brasileiro”, destacou Sassaki.
Escalação e possíveis mudanças
O técnico Filipe Luís cogita mudanças na equipe titular. Gonzalo Plata aparece como provável titular, sobretudo por já estar mais acostumado com o clima local. Além disso, o atacante vem recebendo elogios da comissão técnica e pode compor o trio ofensivo ao lado de Luiz Araújo e Bruno Henrique ou Juninho.
A provável formação inicial conta com: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar, Evertton Araújo e Gerson; Luiz Araújo, Plata e Bruno Henrique (ou Juninho).
