A ausência de Kylian Mbappé em campo durante a vitória do Real Madrid sobre o Athletic Bilbao, no último domingo (20), não impediu que o atacante fosse alvo da atenção dos torcedores. Suspenso, o francês compareceu ao Santiago Bernabéu como espectador, mas foi vaiado ao ter sua imagem exibida no telão do estádio. O episódio gerou comentários de Fabio Capello, ex-técnico do clube madrilenho, que analisou com franqueza a situação do astro.
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Capello, que comandou o Real Madrid em duas passagens distintas, avaliou que a pressão exercida pela camisa merengue pode ter surpreendido o atacante. “A camisa do Real Madrid pesa muito, e pesa muito. Talvez tenha sido difícil para ele entender para onde foi”, declarou. Para o italiano, o desafio de integrar um trio ofensivo com Vinicius Junior e Jude Bellingham é maior do que muitos imaginavam inicialmente.
Ainda sobre Mbappé, Capello pontuou que o francês não atua como centroavante, o que exige uma adaptação tática significativa. Ele sugeriu que a coexistência entre ele e Vinicius requer ajustes. “O problema é que ele não é um centroavante e ele e Vinicius precisam jogar juntos”, disse. Capello também destacou que, com tantas expectativas, o clube precisa de conquistas nesta temporada.
O ex-treinador também comentou a eliminação do Real Madrid nas quartas de final da Liga dos Campeões diante do Arsenal. Segundo Capello, faltou empenho na tentativa de reverter o placar adverso. “Não jogaram com a mesma vontade e qualidade que normalmente têm que demonstrar quando se precisa virar um jogo”, avaliou.
Questionado sobre uma eventual sucessão de Carlo Ancelotti por Xabi Alonso, Capello preferiu não se aprofundar, mas fez questão de externar seu apoio ao atual técnico. “Sou Ancelottista”, afirmou, em tom bem-humorado.
Por fim, o momento de instabilidade vivido por Mbappé no clube, somado à cobrança da torcida e à recente lesão no tornozelo sofrida diante do Arsenal, sinaliza um período de adaptação mais complicado do que o esperado para o francês. Afinal, vestir a camisa do Real Madrid, conforme ressaltou Capello, exige muito mais do que talento.