A declaração de Casagrande envolvendo Ramón Díaz e Pedro Caixinha

Casagrande, comentarista do UOL Esporte (Foto: Reprodução)

A atual instabilidade de Santos e Corinthians voltou a ser assunto na imprensa esportiva. Durante participação em programa televisivo, Walter Casagrande foi direto ao afirmar que os dois clubes vivem um momento que os torna pouco atrativos para técnicos experientes. Segundo ele, a situação de ambos “assusta qualquer um, menos os próprios torcedores”.

A fala do comentarista veio após as demissões de Pedro Caixinha, pelo Corinthians, e Ramón Díaz, pelo Santos. Ambos os clubes agora buscam novos nomes no mercado. Contudo, conforme explicou Casagrande, há fatores estruturais que afastam profissionais que desejam um ambiente mais estável para trabalhar.

Ramón Díaz pelo Corinthians em 2024 (Foto: Reprodução/Corinthians)

“Dívidas gigantescas, desorganização administrativa e decisões incoerentes” foram alguns dos pontos destacados pelo ex-jogador. Para ele, a ausência de um projeto claro e a instabilidade nas gestões tornam o ambiente dos dois clubes extremamente desafiador. “Nenhum profissional sério aceita um convite assim sem um mínimo de segurança e planejamento”, apontou.

Casagrande ainda acrescentou outra camada à análise. Segundo ele, nomes de peso como Neymar e Memphis Depay, que atuam atualmente por Santos e Corinthians, respectivamente, também são vistos como elementos complicadores. “Eles têm regalias nos clubes e, muitas vezes, isso interfere no comando técnico”, comentou. O caso de Depay, inclusive, teria sido um dos estopins para a saída de Ramón Díaz, após a derrota para o Fluminense no Brasileirão.

Além da crise estrutural, o Corinthians sofreu mais um revés em sua tentativa de reorganização. Tite, apontado como principal nome para reassumir o comando técnico, declinou do convite por enfrentar uma crise de ansiedade. O treinador, inclusive, anunciou uma pausa nas atividades profissionais, o que obrigou a diretoria a buscar alternativas em caráter emergencial.

Com a negativa de Tite, o nome de Dorival Júnior volta a ser discutido nos bastidores do clube paulista. Enquanto isso, o cenário para ambos os clubes segue indefinido. Afinal, a reconstrução de ambientes tão abalados exige mais do que apenas novos nomes: requer uma mudança profunda na gestão.