Bahia x Ceará: a declaração de Rogério Ceni

Rogério Ceni - Foto: Letícia Martins / EC Bahia

“Temos sofrido para fazer gols”, disse o treinador

Na última segunda-feira (21), o Bahia venceu o Ceará por 1 a 0, com gol de pênalti cobrado por Everton Ribeiro no último minuto dos acréscimos do segundo tempo. Após o jogo em entrevista coletiva, o técnico Rogério Ceni fez uma avalição sobre o desempenho da equipe na partida e deu destaque para a falta de efetividade.

“[Desempenho] Razoável. Conseguimos chegar no último terço, mas com muita dificuldade para fazer gols. Acho que competimos, tivemos controle de jogo, mas temos sofrido muito para fazer gols, para criar oportunidades. Faltou presença dentro da área, não temos tantos jogadores com essa característica. O gol foi no último minuto, mas olha essa rodada, nenhum jogo teve mais de um gol de diferença”, iniciou.

Rogério vive com um sério problema: os jogadores afastados por problemas físicos. No duelo contra o Ceará foram seis no total. A preocupação cresce ainda mais ao olhar no calendário e ver que até o fim de maio, o Bahia entrará em campo 12 vezes, com uma média de um jogo a cada três dias. Na partida da última segunda-feira (21), Ceni mandou a campo um time misto e explicou sua decisão na coletiva.

“Eu entendo quando o torcedor não vê os dez que mais atuam em campo. A gente segue alguns indícios que os atletas dão, quando você tem algumas lesões, a tendência é ter mais se você continuar repetindo. A gente contratou para formar um elenco, não trouxemos ninguém bombástico, mas são todos muito bons, que chegaram para jogar e precisam de chances”, disse, continuando:

“A gente joga a cada menos de 70 horas e precisamos distribuir, se não, não vamos sobreviver. Rodamos o time e conseguimos vencer, foi importante. Vamos seguir nessa toada para tentar sobreviver a essa sequência muito pesada de jogos”, completou.

Ainda na entrevista, Ceni explicou a saída de Lucho Rodríguez no intervalo e a entrada de Cauly. O treinador disse que sua ideia ao por o meio-campista era poder ter maior controle da partida.

“Eu coloquei o Cauly por dentro para ter superioridade. O Pulga foi para a esquerda com o Iago, teve uma boa chance. O Cauly nos ofereceu controle de jogo, foi quando mais controlamos o jogo, aquele começo de segundo tempo. Depois eu tento pesar um pouco mais a área com o Tiago, mas a ideia era mesmo ter o Cauly na flutuação, tentar controlar o jogo para chegar na área. O Ruan Pablo preferi colocar do lado que ele mais gosta de jogar, aí o Pulga foi para a direita”, finalizou Rogério Ceni.

O Bahia volta a campo na quinta-feira (24) quando recebe o Atlético Nacional, da Colômbia, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. A bola rola às 21h (horário de Brasília), na Fonte Nova.