Durante o empate por 3 a 3 entre Internacional e Nacional-URU, ocorrido na noite de terça-feira (22) no estádio Beira-Rio, dois episódios de racismo marcaram negativamente a partida válida pela fase de grupos da Libertadores. Um torcedor uruguaio foi preso em flagrante por injúria racial, enquanto um narrador esportivo também se envolveu em um caso semelhante durante a transmissão do jogo.
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O torcedor, de 29 anos e morador de Trinidad, no Uruguai, foi detido pela Polícia Civil após fazer gestos imitando um macaco em direção aos torcedores do Internacional. Conforme a corporação, o homem possui antecedentes criminais por receptação. Após ser encaminhado à 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, ele permaneceu em silêncio durante o depoimento e agora aguarda audiência de custódia.
Simultaneamente, um jornalista uruguaio identificado como Carlos Javier Moreira Echague proferiu ofensas racistas durante a cobertura da partida. Ao narrar o terceiro gol do Internacional, o comunicador do canal Pasión Tricolor, voltado à torcida do Nacional, reagiu a provocações com insultos. “Assim são esses macacos”, declarou ao vivo, causando imediata repercussão negativa nas redes sociais.
Como resposta à conduta, a Conmebol anunciou a suspensão de Moreira por tempo indeterminado em competições organizadas pela entidade. Através de nota oficial, a confederação reafirmou seu compromisso com o combate ao racismo no futebol sul-americano, ressaltando que atitudes discriminatórias não serão toleradas dentro ou fora dos estádios.
Apesar dos incidentes, o Internacional segue líder do Grupo F, somando cinco pontos em três partidas. O Bahia aparece logo atrás, com quatro pontos, podendo ultrapassar o Colorado caso vença o Atlético Nacional-COL, na quinta-feira (24), em Salvador.
Os episódios em questão provocaram ampla repercussão entre torcedores e autoridades. Afinal, trata-se de um tema sensível que exige atenção contínua das entidades esportivas e punições firmes, a fim de coibir atos discriminatórios nos eventos futebolísticos.