Renato Paiva define “culpado” pela má fase do Botafogo

Renato Paiva pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
Renato Paiva pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Treinador disse que vê time tomar “gols evitáveis”

No último domingo (20), o Botafogo perdeu para o Atlético-MG em Belo Horizonte por 1 a 0, gol de Cuello. Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Renato Paiva disse que a equipe vem sofrendo “gols evitáveis” e isso dificulta um resultado positivo.

“O que queremos é seguir e acho que estamos sofrendo gols que são perfeitamente evitáveis. Há gols mais evitáveis que outros e acho que há gols que nós estamos permitindo que são evitáveis”, disse o treinador botafoguense.

Na partida contra o Bragantino, Jhon Jhon cobrou escanteio curto para Capixaba, que devolveu a bola ao camisa 10 do Massa Bruta. Ele avançou até a linha de fundo, deixou Alex Telles para trás com facilidade e cruzou na medida para Sasha, que completou para o fundo do gol. “O gol que sofremos é inaceitável. Nós não podemos ter a passividade que tivemos para defender”, disse Paiva.

No duelo diante do São Paulo, a equipe empatou por 2 a 2 no Rio de Janeiro e mais uma vez houve falha. No lance do primeiro gol Tricolor, Ferreirinha recebeu a bola livre após a defesa do Botafogo ceder rebote em uma cobrança de escanteio. Sem cobertura, Marlon Freitas apenas observou o atacante, perdeu na marcação individual e viu o camisa 11 acertar um chute no ângulo, sem chances para o goleiro John.

O segundo gol do São Paulo (ainda no primeiro tempo) aconteceu após uma falha de posicionamento da defesa. Dentro da área, três jogadores, Gregore, Vitinho e Marlon Freitas cercaram Ferreirinha, enquanto Barboza, que deveria estar atento a André Silva, deixou o atacante livre às suas costas para apenas empurrar a bola para o gol.

“Os gols que sofremos são uma situação individual do Ferreirinha, que já sabíamos que joga assim e vem muitas vezes ali por dentro, e um erro coletivo em uma saída de bola que nos penaliza. Da exibição fica um crescimento da equipe em termos ofensivos, em que geramos de muitas e diferentes formas as situações de gol. Continuaremos trabalhando a eficácia. Hoje o resultado premia a eficácia do São Paulo ofensiva e a ineficácia nossa, ou eficácia do goleiro”, comentou o técnico do Botafogo após o empate.

Contra o Galo, outro gol sofrido em bola parada. Gabriel Menino cobrou o escanteio, John demorou a reagir e permaneceu no gol, sem tentar interceptar o cruzamento. Marlon Freitas perdeu a marcação de Cuello, que subiu nas costas de Gregore e, mesmo pressionado o volante acabou permitindo que o atacante cabeceasse praticamente sem oposição.

“Escanteio na pequena área. Quando isso acontece, já é um gol que não pode sofrer neste nível. Isso obviamente mexe com a equipe, que tentou reagir atrás do resultado”, disse Renato Paiva.