O Corinthians venceu o Racing-URU por 1 a 0, na noite de quinta-feira (24 de abril), em confronto válido pela Copa Sul-Americana. Contudo, a vitória foi conquistada sob circunstâncias adversas, principalmente após a expulsão do zagueiro Félix Torres com menos de 15 minutos de jogo. O equatoriano recebeu o cartão vermelho direto após uma entrada dura em Espinosa, no meio de campo, em lance revisado pelo VAR.
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Inicialmente advertido com o cartão amarelo, o defensor teve sua penalidade convertida após análise do árbitro equatoriano Guilherme Guerrero, que considerou a jogada como violenta. A situação gerou impacto direto na condução da partida, já que o Corinthians precisou atuar com um jogador a menos durante quase todo o confronto. Ainda assim, o time conseguiu segurar a vantagem construída e somar três pontos importantes.

A atuação de Félix Torres voltou a ser alvo de críticas, principalmente por se tratar de mais um episódio em sequência. Anteriormente, na final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, disputada em 27 de março, o defensor já havia comprometido a equipe ao cometer um pênalti e ser expulso logo em seguida. Os episódios recentes reacendem discussões sobre sua permanência entre os titulares.
Aliás, as críticas extrapolaram o ambiente interno do clube. Durante participação em um programa esportivo, o jornalista André Loffredo classificou o jogador como tecnicamente fraco. “Ele apanha da bola”, afirmou, ao descrever falhas em fundamentos básicos como domínio, passe e marcação. Para ele, o equatoriano se excede nas divididas e compromete o sistema defensivo da equipe.
Loffredo também questionou os valores envolvidos na contratação do zagueiro. Segundo ele, o Corinthians desembolsou 6,5 milhões de euros (R$ 42 milhões) para contratar Félix Torres, embora parte do pagamento ainda não tenha sido realizada. “Cada vez que ele joga, vale menos”, disse, em tom crítico, ao destacar que a multa rescisória do atleta chega a 100 milhões de euros (R$ 645 milhões).
Apesar das falhas individuais, o técnico interino Orlando Ribeiro preferiu adotar um tom mais conciliador. Após a vitória, declarou que pretende conversar com o jogador e reforçou que o clube não esperava um placar elástico. O comandante também valorizou o desempenho coletivo, que permitiu ao time superar a desvantagem numérica e manter-se vivo na disputa continental.