Gerard Pique, ex-jogador de futebol (Foto: Reprodução/Instagram)
A recente manifestação de Gerard Piqué sobre a necessidade de reformas no tênis gerou forte repercussão no cenário esportivo — tamanha a ponto de ser respondida pelo ex-número 1 do mundo, Boris Becker. O alemão, conhecido por sua trajetória vitoriosa nas quadras, não poupou palavras ao avaliar a iniciativa do ex-zagueiro espanhol.
“Ele é um grande jogador de futebol, mas não é um especialista em tênis”, declarou Becker durante entrevista ao MarcaTV, na cerimônia do prêmio Laureus, realizada em Madri.
A discussão teve início quando Piqué voltou a comentar publicamente suas ideias para reformular aspectos estruturais do tênis. Envolvido anteriormente com a organização da Copa Davis, o ex-jogador do Barcelona criticou a resistência da Federação Internacional de Tênis (ITF) em aceitar mudanças. Segundo ele, a entidade é “aversa a qualquer tipo de evolução”, o que dificulta a modernização do esporte.
“Fizemos tentativas de alterar certas regras, mas não houve abertura. A ITF não quer mudar nada”, afirmou Piqué, que propôs mudanças polêmicas como o fim do segundo saque e a eliminação da vantagem nos momentos de igualdade em 40-40.
As sugestões do espanhol, ainda que com o intuito de tornar o jogo mais ágil e atrativo, dividiram opiniões. Piqué argumenta que o segundo serviço atrasa o ritmo das partidas e não agrega valor para os torcedores. “Por que se saca duas vezes no tênis? São 30 segundos extras de alguém quicando a bola. As pessoas não querem ver isso”, justificou.
Além disso, ele propôs a adoção do chamado “ponto de ouro” — sistema já utilizado em partidas de duplas — para resolver os empates em 40-40, com o objetivo de evitar os longos ralis de vantagem. Tais ideias, conforme ele, têm potencial para tornar o esporte mais dinâmico e compatível com as novas gerações.
Por outro lado, Boris Becker se mostrou contrário às iniciativas propostas. O alemão, seis vezes campeão de Grand Slam, destacou a complexidade do tênis e sugeriu que mudanças drásticas podem prejudicar a essência do jogo. “Piqué não entende as técnicas e a história que tornam o tênis um esporte tão único”, afirmou. Para Becker, o equilíbrio atual entre tradição e competição é fundamental para manter o prestígio e a identidade da modalidade.
Aliás, o posicionamento de Becker reflete o pensamento de grande parte dos profissionais mais tradicionais do circuito, que veem com cautela qualquer tentativa de reformulação profunda. Em sua visão, embora o esporte precise evoluir, é necessário que isso ocorra com base no conhecimento técnico e histórico, respeitando a integridade do jogo.
O embate entre inovação e conservadorismo, portanto, foi reacendido pela postura de Piqué. Enquanto alguns enxergam nas ideias do ex-jogador uma oportunidade para ampliar o alcance do tênis junto ao público jovem, outros temem que tais alterações desfigurem um esporte que, ao longo dos anos, construiu uma base sólida justamente por sua estrutura tradicional.
Embora a proposta de modernização de Piqué tenha intenção de aproximar o tênis de um novo perfil de torcedores, a crítica de Boris Becker coloca em evidência a necessidade de ponderação.
"É um grande profissional..." Após o duelo diante do Racing-URU na última quinta-feira (24), o…
O Corinthians venceu o Racing-URU por 1 a 0, na noite de quinta-feira (24 de…
O Vasco empatou sem gols com o Lanús, em São Januário, pela terceira rodada do…
Recém-aposentado, o ex-meio-campista Andrés Iniesta manifestou o desejo de iniciar uma trajetória como técnico de…
Em meio a uma temporada desafiadora para o Real Madrid, o ex-tenista Rafael Nadal, conhecido…
O atacante Vinícius Júnior está a poucos passos de prolongar sua trajetória no Real Madrid,…