Ex-jogador Cafu (Foto: Reprodução)
Em meio à indefinição no comando técnico da seleção brasileira, o ex-lateral Cafu, campeão mundial em 1994 e capitão em 2002, compartilhou suas reflexões sobre o atual momento vivido pelo futebol nacional. Em entrevista concedida em Madri, onde esteve para o Prêmio Laureus, o pentacampeão destacou, acima de tudo, a necessidade de estabilidade e respeito ao legado da seleção.
Atualmente, já se somam 28 dias sem treinador fixo, o que, segundo Cafu, agrava a crise. “A única diferença entre a crise atual e a que vivi em 1994 está na indefinição dos treinadores. Isso atrapalha um pouco”, explicou. Apesar das dificuldades, ele reforçou que as Eliminatórias da América do Sul são tradicionalmente complicadas e ponderou:
“O Brasil vai ganhar, vai perder, vai jogar bem, vai jogar mal nas Eliminatórias — tudo isso é normal”.
Aliás, para o ex-capitão, a grandeza da seleção permanece intacta. “Temos cinco estrelas no peito. É um país a ser respeitado”, afirmou. Ainda assim, Cafu demonstrou preocupação com a instabilidade que a constante troca de técnicos pode gerar: “Trocar de técnico no meio do caminho é péssimo. Prejudica o planejamento, o estilo de jogo, tudo”.
Cafu foi enfático ao defender a contratação de um treinador brasileiro para liderar a seleção. Conforme explicou, o prazo até a Copa do Mundo é curto, o que torna vital a escolha de um profissional que compreenda a cultura e a dinâmica do futebol nacional. “Estamos a um ano e meio da Copa. Então, por que não escolher alguém que já conhece o futebol brasileiro, os jogadores, a cultura?”, questionou.
Nomes como Rogério Ceni, Renato Gaúcho e Roger Machado foram citados por Cafu como opções viáveis. Em relação à especulação de técnicos estrangeiros, como Jorge Jesus, Carlo Ancelotti e Abel Ferreira, ele foi direto: “Essa indefinição atrapalha. Parece que estamos leiloando o cargo de técnico da seleção”.
Comentando a saída de Dorival Júnior, Cafu lamentou a demissão precoce. “Mandar um técnico embora no meio de uma competição é uma falta de respeito absurda”, criticou. Ainda segundo ele, eventuais insucessos poderiam ocorrer com qualquer técnico, brasileiro ou estrangeiro, e seria mais prudente oferecer tempo para desenvolver o trabalho.
A responsabilidade pelos resultados, contudo, vai além dos treinadores. Conforme ressaltou, a culpa deve ser compartilhada entre os jogadores: “O presidente da CBF não joga, o treinador não joga, a torcida não entra em campo. Somos nós que jogamos”.
Questionado sobre a escassez de treinadores brasileiros de elite, principalmente entre ex-jogadores, Cafu apontou a falta de oportunidades como fator determinante. “Só vamos saber se são bons treinadores dando oportunidade. E agora é o momento ideal para isso”, analisou.
Sobre o tema delicado do envolvimento de jogadores com apostas esportivas, Cafu adotou postura cautelosa. “Cada um dos envolvidos deve responder por si. São escolhas — e também consequências”, comentou, evidenciando a gravidade do problema e suas repercussões no futebol internacional.
Se pudesse entrar hoje no vestiário da seleção, Cafu optaria por reforçar a responsabilidade e a honra de vestir a camisa amarela. “Falaria sobre a importância de estar na seleção brasileira e do que eles representam para o povo”, declarou.
Assim sendo, Cafu reiterou sua confiança de que, apesar da fase turbulenta, os bons resultados inevitavelmente surgirão. “A seleção é muito maior que esses momentos ruins. Os bons resultados vão chegar”, concluiu.
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