A declaração de Danilo, do Flamengo, direcionada a Tite

Danilo marca seu primeiro gol com a camisa do Flamengo - Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Danilo marca seu primeiro gol com a camisa do Flamengo - Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Titular da Seleção Brasileira com Tite, o zagueiro do Flamengo, Danilo, falou sobre a recusa do treinador em assumir o Corinthians. O defensor se solidarizou com o momento delicado que o técnico vive, que o obrigou a cuidar da “saúde mental e física”.

Com a saída de Ramón Díaz, o Corinthians abriu negociações com Tite para substituir o argentino. O treinador tem uma conexão muito grande com o Timão, por quem foi bicampeão brasileiro, campeão da Libertadores e do mundo. 

Mas, apesar de ter aceitado voltar ao Parque São Jorge, em um último momento, Tite comunicou que não treinaria o Corinthians para poder tratar da saúde mental e física. Diante da repercussão, o zagueiro Danilo falou sobre o momento delicado. Ambos trabalharam juntos na Seleção Brasileira.

“Não falei com o Tite, mas queria mandar meu abraço para ele, meu carinho. Sempre foi um cara incrível enquanto esteve com a gente na Seleção Brasileira. Comigo, especificamente, teve uma relação muito carinhosa, de muito respeito e de aprendizado da minha parte. Sempre me escutou. Mandar meu abraço para ele e para família, que se sinta bem o quanto antes porque é um tema sensível”, iniciou Danilo, no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro.

Danilo falou da própria experiência no assunto. Ele deu vazão a uma realidade que demonstra que até mesmo um atleta com carreira sólida na Europa e na Seleção Brasileira não está imune à uma saúde mental fragilizada.

“Às vezes, não damos o valor necessário. Eu, mais ou menos três ou quatro anos atrás, passei por um episódio dessa maneira, com crise de ansiedade, e momentos de dificuldade psicológica. Não é nada fácil de sentir e passar. Penso que posso ser uma oportunidade para olharmos o esporte de alto rendimento de maneira diferente. Acredito que nós, atletas, com maior poder financeiro e uma voz maior, temos a capacidade de buscar ajuda e entender que precisamos de ajudar profissional, que tenhamos a consciência de pensar nas divisões de base, nos clubes de menor investimento, para tratar os atletas, primeiro, como seres humanos”, contou Danilo.