Escudo da CBF (Foto: Reprodução)
O anúncio de que a Seleção Brasileira utilizará um uniforme vermelho com detalhes em preto na Copa do Mundo de 2026 causou surpresa entre os torcedores. Afinal, será a primeira vez que o país disputará o torneio com um padrão que não remete às cores da bandeira nacional. O lançamento está previsto para março de 2026, durante a última Data Fifa antes do Mundial nos Estados Unidos, no Canadá e no México.
Contudo, vestir o vermelho não será algo inédito para a equipe nacional. Historicamente, a Seleção já adotou camisas alternativas em diferentes contextos, conforme as necessidades das partidas. Em 1917, no Campeonato Sul-Americano, hoje chamado Copa América, o Brasil foi obrigado a trocar sua camisa branca — tradicional na época — por um modelo vermelho.
A troca ocorreu após sorteios que definiram que, contra Uruguai e Chile, seria necessário o uso de um uniforme diferente. A campanha terminou com uma goleada sofrida de 4 a 0 para o Uruguai e uma vitória por 5 a 0 sobre o Chile.
Posteriormente, em 1936, nova situação semelhante obrigou a improvisação. No Sul-Americano disputado na Argentina, a Seleção, enfrentando o Peru — que também jogava de branco —, utilizou o uniforme do Independiente. Os brasileiros venceram o confronto por 3 a 2. Aliás, essa não seria a única vez em que a equipe vestiria a camisa de um clube.
No ano seguinte, durante outra edição do Sul-Americano, em La Bombonera, a Seleção utilizou o uniforme do Boca Juniors para enfrentar o Chile e venceu por 6 a 4.
A prática de recorrer a uniformes de clubes não se restringiu a situações de improviso. Em 1919, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) decidiu homenagear o goleiro uruguaio Roberto Chery, falecido após o Sul-Americano realizado no Brasil. Assim, o Brasil entrou em campo com a camisa do Peñarol, clube onde Chery atuava, diante da Argentina.
Ademais, engana-se quem acredita que a camisa azul foi estreada apenas em 1958, na final da Copa do Mundo contra a Suécia. A cor foi utilizada pela primeira vez em 1938, no Mundial disputado na França. Na ocasião, em duelo contra a Polônia, novamente a semelhança dos uniformes obrigou a mudança. Sem tempo para bordar o escudo, a equipe brasileira entrou em campo com um modelo azul claro, similar ao do Uruguai. O Brasil venceu por 6 a 5 em um dos confrontos mais movimentados de sua história em Copas.
Mais recentemente, em 2023, a Seleção voltou a adotar um uniforme fora do tradicional verde-amarelo ou azul. Contra Guiné, em um amistoso, a equipe jogou o primeiro tempo vestindo preto, em uma ação da CBF contra o racismo. Antes do início do jogo, os atletas se ajoelharam e sentaram no gramado em forma de protesto. No campo, vitória brasileira por 4 a 1, com gols de Joelinton, Rodrygo, Éder Militão e Vinicius Junior.
A Seleção Brasileira, portanto, acumula uma longa trajetória de variações no uniforme, seja por necessidade ou por homenagens. Eventualmente, essas escolhas foram motivadas por sorteios inesperados ou decisões simbólicas. A inclusão do vermelho como segundo padrão para a Copa de 2026 insere-se nesse contexto histórico de adaptações e transformações.
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